21/06/2022
Por: Airton Noé Araujo da Silveira. ( Eng. Ambiental )
A missão GEDI da NASA conquistou um marco de inovação com o lançamento de seu mais recente produto de obtenção de dados, que fornece a primeira estimativa quase que global, da proporção de biomassa florestal que está acima do solo.
Também é possível através deste sistema, considerar o carbono que ela armazena, preenchendo uma grande lacuna nas pesquisas sobre o clima.
Com o novo produto de dados do GEDI, pesquisadores de Ecossistemas Global Dynamics Investigation podem localizar rapidamente suas regiões de interesse e estudar floresta e conteúdo de carbono com mais precisão do que no passado.
O lançamento do novo produto de biomassa intervém então GEDI é no âmbito de uma extensão da missão e representa o culminar de avanços críticos em lidars espaciais de pesquisa.
Tecnologias para medições de aspectos ambientais são alternativas modernas para ajudar na avaliação de diversas situações que influenciam no meio ambiente, e nas mudanças climáticas.
Os exemplos mais conhecidos de biomassa florestal, que temos uso na sociedade, é a lenha para queima em caldeiras e fornos, o carvão vegetal, e os pellets de madeira.
Estes dados obtidos com o sistema desenvolvido pela NASA, permitem pesquisar como que as florestas de todo o planeta estão sendo alteradas.
O papel do sistema desenvolvido, pode ajudar na tomada de decisão sobre aspectos de mitigação das mudanças climáticas e os impactos regionais e globais das mudanças climáticas.
Vídeo sobre o produto GEDI:
https://www.youtube.com/watch?v=xsoMcw4upjs
Também pode auxiliar sobre dados que apontam necessidades como verificar áreas propícias para reflorestamento e plantio de mais árvores.
O conjunto de dados resultantes que será processado, contém a resolução de 1 km, e permite aos pesquisadores visualizarem aspectos sobre os ecossistemas florestais, os habitats, e o teor de carbono acumulado sobre o solo.
Conforme informações obtidas no site da NASA, durante os primeiros três anos do equipamento em atividade na órbita da Terra, ele já capturou bilhões de medições entre 51,6 graus de latitude norte e sul do planeta.
Este novo equipamento de obtenção de dados, combina dados GEDI de lidars aéreos e terrestres, para compor um tipo de mapa de biomassa e quantidades de vegetação que há em determinadas áreas do planeta.
“Uma grande área de incerteza é que não sabemos quanto carbono é armazenado nas florestas da Terra”, disse Ralph Dubayah, GEDI Professor Investigador Principal de Ciências Geográficas da Universidade de Maryland.
Fonte: NASA
Através de informações como por exemplo, a quantidade de carbono armazenado que há em determinadas florestas, será possível prever estimativas de quantidades que podem ser liberadas pelo desmatamento ou incêndios florestais.
Considerando que aproximadamente a metade da biomassa que há na vegetação é constituída por carbono.
Este novo equipamento da NASA não é o primeiro produto a realizar medições de biomassa, porém é o primeiro a incluir novas tecnologias de estimativas que utilizam padrões estatísticos avançados.
Devido a estas características, o sistema GEDI proporciona medições com maior precisão de medições e dados.
“Ou seja, para cada estimativa de 1 quilômetro de biomassa média, a missão sabe o quanto essa estimativa é confiável”, disse Dubayah.
“Podemos aplicar essa estrutura para estimar biomassa para países inteiros – por exemplo, muitos países nas regiões pan-tropicais não têm inventários florestais nacionais”, disse John Armston, líder de validação e calibração do GEDI e professor associado de pesquisa na Universidade de Maryland.
Fonte: NASA
A equipe que desenvolve os trabalhos com GEDI, continuará a obter dados de estimativas de biomassa, e está prevista para prosseguir a missão até janeiro de 2023.
A Estação Espacial Internacional onde está acoplado o sistema GEDI, ajustou recentemente a sua órbita de 421 quilômetros acima da superfície da Terra para aproximadamente 417 quilômetros.
Isso significa que que o equipamento GEDI poderá ter uma cobertura mais uniforme de dados, com menos lacunas de informações.
“Com o GEDI sendo capaz de coletar dados até 2023, estamos nos aproximando de coletar dados ao mesmo tempo que a próxima geração de missões lidar e radar – como NISAR (NASA-ISRO SAR, com lançamento em 2024)”, disse Laura Duncanson, professora assistente da Universidade de Maryland e uma das cientistas de pesquisa do GEDI.
Fonte: NASA
A qualidade dos dados obtidos, serão melhores ainda considerando que será possível combinar e conferir comparando estas informações, com outras fontes de dados como por exemplo fotos de outros satélites.
Fonte: Nasa