Por: Airton Noé A. da Silveira. (Eng. ambiental)
18/06/24
Segundo Gustavo Figueroa, que é diretor de comunicação do Instituto SOS Pantanal, entre janeiro e junho deste ano, ocorreu o pior período de queimadas quando comparado com o mesmo período de 2020, se destacando como pior em 96%, apontando estas preocupantes informações em entrevista à Record News.
Segundo Gustavo, as queimadas só deste ano no Pantanal, já devastaram cerca de 486 000 ha, que na maioria são áreas de vegetação nativa que eram riquíssimas em biodiversidade.
O bioma que mais queimou proporcionalmente a sua área nos 39 anos avaliados foi o Pantanal, com 9 milhões de hectares. Embora sejam apenas 4,5% do total nacional, são 59,2% do bioma. Em 2023, foram mais de 600 mil hectares queimados no Pantanal, 97% dos quais ocorreram entre setembro e dezembro.
Fonte: MapBiomas
Conforme informações divulgadas no g1, a maioria das áreas em chamas estão situadas no Mato Grosso do Sul, que abriga cerca de 60% do Pantanal no Brasil, e que também foram registrados 698 focos, no período entre janeiro e junho deste ano.
Entre 1985 e 2023, 199,1 milhões de hectares foram queimados pelo menos uma vez no Brasil, segundo dados da mais recente Coleção do MapBiomas Fogo sobre a extensão das áreas queimadas no país, representando quase um quarto (23%) do território nacional.
Fonte: Mapbiomas
Focos de incêndios no Pantanal, em Mato Grosso do Sul
Fonte: CBMMS/Reprodução
A seca na região do Pantanal, aumenta as condições favoráveis para as chamas se propagarem, e este processo é uma continuação dos resultados do El Niño, que acumulou condições por volta do final de 2023 na região afetada.
Fonte: BDqueimadas/Inpe
Segundo Cyntia Santos, que é analista de conservação do WWF-Brasil, os rios apresentam baixos níveis em diversas partes do Pantanal, e ainda há previsão de que o Rio Paraguai continue mantendo suas marcas neste ano dentro dos níveis mais baixos da sua história.
Fontes: Inpe / WWF-Brasil / Mapbiomas / Record News / g1