Europa avança no controle dos plásticos descartáveis, não biodegradáveis.

Imagem:  Plásticos poluindo um campo. Fonte: Airton Noé Araujo da Silveira.

 

Por: Airton Noé Araujo da Silveira. (Eng. Ambiental)
14/01/2022

 

Conforme abordado em publicação na Vatican News, a partir de 14 de janeiro 2022, entra em vigor uma lei que proíbe em toda a Europa, o uso de plásticos descartáveis não biodegradáveis e não compostáveis.

Este é um grande passo para conseguir melhorar o controle na destinação de itens plásticos geralmente utilizados no dia a dia, como copos plásticos, talheres, canudos, cotonetes, balões plásticos, recipientes para alimentos, e que são descartados após um breve uso. 

Conforme ocorre o descarte irregular de materiais, o meio ambiente é poluído e prejudicado, pois certos tipos de plásticos demoram até mais de 400 anos para se decompor no meio ambiente, dependendo da espessura, e composição específica. Sendo assim, a fauna também é agredida, pois determinados animais tentam se alimentar destes materiais, e acabam morrendo.

Imagem: Descarte inadequado de resíduos em mata, no RS.

Fonte: Airton Noé Araujo da Silveira.

Essa medida visa conter o avanço da poluição alarmante em que o plástico está envolvido atualmente em todo o planeta. Devido a sua característica de levar muitos anos para se decompor no meio ambiente, o plástico é um forte agente poluidor. 

Estes materiais descartáveis que são geralmente usados com alimentos, ao serem descartados não podem ser colocados com o lixo seco, como por exemplo com outros plásticos limpos, pois devido à contaminação com alimentos, estes materiais dificultam a reciclagem dos materiais e prejudicam o processo de obtenção de um plástico reciclado de maior qualidade.  

Quem descumprir esta lei, pode arcar com penalidades como multas. Dessa forma é mais fácil obter a atenção de determinadas pessoas, pois só quando “dói no bolso”, que procuram agir corretamente.

A criação de uma lei para regulamentar o uso de itens de plástico, vem de encontro há uma necessidade urgente de controlar a geração de determinados resíduos, que em determinadas localidades ainda há uma dificuldade de conscientização para o descarte correto destes materiais. 

Em determinadas situações, podemos observar que certas pessoas não se importam nem um pouco com os resíduos gerados, a ponto de jogar o lixo a poucos metros da porta da própria casa, como retrata esta imagem registrada em localidade no interior do RS. A lei que entra em vigor na Europa, seria bem vinda aqui no Brasil também, conforme podemos observar.

Fonte: Airton Noé Araujo da Silveira.

Infelizmente a sociedade não possui ainda o grau de maturidade necessária para obter um convívio sustentável da humanidade com o meio ambiente. E desta forma, se faz necessário então empregar leis para regulamentarem o uso de determinados materiais e coibir ações que sejam nocivas ao meio ambiente. 

A invenção do plástico representa para a humanidade um grande avanço devido as suas características versáteis e que se mostraram ao longo do tempo incrivelmente úteis para a humanidade. Nos mais diversos campos de aplicações, o plástico em geral representa facilidades para criação de componentes, embalagens, utensílios, e possui uma gama infinita de aplicações.

No contexto, de ser um material popular e acessível, o plástico é amplamente utilizado nas mais diversas áreas e consequentemente ele também gera os mais variados tipos de resíduos que podem contaminar ao meio ambiente. 

A culpa da poluição não é do plástico, e sim da parcela a população em geral que descarta indevidamente os seus resíduos e não se preocupa com o destino destes materiais, de forma que auxiliam na contaminação e degradação de muitos ecossistemas. 

A fauna é amplamente prejudicada com o descarte de plásticos em locais indevidos, pois em muitos casos estes materiais possuem cheiro ou restos de alimentos, e os animais acabam ingerindo estes. Dessa forma, estes plásticos ficam trancados no aparelho digestivo dos animais, ocasionando a morte destes.

Imagem: Família de preás, em gramado com vestígios de sacolas plásticas.

Fonte: Airton Noé Araujo da Silveira.

O uso de itens descartáveis constituídos por plásticos biodegradáveis, facilita com que estes resíduos sejam descartados e inseridos em processos de compostagem, obtendo maior eficiência na reciclagem e na degradação necessária destes resíduos em menor tempo possível, evitando a contaminação do meio ambiente. 

Ações como esta, de regulamentação por lei para o uso de determinados materiais, que neste caso é o plástico, é um exemplo para a sociedade e que pode ser implantado em outros países além da Europa. Pois seria muito útil este tipo de controle em determinadas localidades e centros urbanos, onde há concentrações de cidadãos que não se preocupam nem um pouco com o descarte adequado de seus resíduos.  

O estilo de vida consumista em vários países dificulta o processo e o controle de determinados resíduos, pois gera um sistema que amplifica a geração de materiais descartados acompanhando ainda o crescimento da população. 

Conforme também podemos observar na publicação da Vatican News, o Papa é atuante na disseminação da mensagem de proteção ao meio ambiente, conforme ele tem se posicionado e se manifestado em diversas ocasiões, a favor do uso de materiais biodegradáveis de forma mais consciente, visando a diminuição da poluição global. 

Conforme a figura do Papa representa uma autoridade mundial religiosa, e que sua palavra é vista em todo o mundo, nos mais diversos lugares, é louvável e muito importante este posicionamento que reforça em relação da responsabilidade ambiental em que toda a sociedade é responsável por fazer a sua parte. 

O fato de entrar em vigor esta lei regulamentando o uso dos itens plásticos descartáveis, vai forçar os fabricantes e aos consumidores a se adaptarem e se organizarem para atender a nova lei imposta. Desta forma, consequentemente haverá uma diminuição de descarte inadequado de resíduos e promoverá uma reciclagem mais adequada na Europa. 

 

 

 

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